Uma comitiva formada pelos conselheiros, Ricardo Manhães, Neuza da Nóbrega, a enfermeira fiscal do Coren-RN, Ana Katarine de Oliveira, e o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do RN (Sindern), Luciano Cavalcanti, esteve, nesta quarta-feira (22), na Unidade Básica de Saúde Bela Vista, de Igapó, para reunião com os profissionais sobre medidas de segurança para a Unidade.
A UBS Bela Vista foi vítima de assalto no último dia 14 e os profissionais da Unidade, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e demais servidores municipais estão apreensivos desde então por não se sentirem seguros no local de trabalho. Apesar de recém-reformada, a UBS não possui vigilante ou nenhum outro instrumento que iniba a ação de bandidos, como câmeras, grades e cerca elétrica.
No evento ocorrido, dois homens armados fizeram um arrastão, levando objetos dos profissionais e de pacientes que estavam em atendimento, além de uma televisão da Unidade. No dia seguinte ao assalto, o atendimento foi suspenso. Uma caminhada, organizada pelos servidores da UBS, foi realizada no fim de semana como forma de alerta por mais segurança na comunidade.
A maioria dos profissionais da Unidade está sem condições emocionais de atender os pacientes depois do evento. Assustada, a direção da UBS já está providenciando ajuda psicológica para os funcionários.
A diretora da Unidade, Ednalva Melo, falou que depois da comunicação do assalto à Polícia Militar, policiais estão presentes no local, fazendo rondas nas proximidades, mas nenhuma garantia, como a contratação de guarda ou instalação de grades e câmeras, foi feita por parte da Secretaria Municipal de Saúde.
Diante da situação relatada e trauma vivenciado pelos profissionais, ficou acordado, durante a reunião, que, o Coren-RN e Sindern irão procurar apoio do Cremern para elaboração de um documento para cobrar alternativas emergenciais na questão da segurança da UBS. Além disso, as entidades se comprometeram em agendar, o mais rápido possível, uma reunião com o Secretário Municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, para entrega desse documento e discussão sobre o caso.
O Conselho ressalta que, de acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, nos artigos 61 e 63, o profissional pode suspender suas atividades caso a instituição pública (ou privada) não ofereça condições dignas para o exercício profissional e que o profissional tem o direito de desenvolver suas atividades em condições de trabalho que promovam a própria segurança e a da coletividade.
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