O enfermeiro e doutorando em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Alberto Matos dos Santos, foi um dos profissionais premiados no Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) pela autoria do trabalho – “Algoritmos para a prevenção do prolapso em estomias intestinais: tecnologia versus deficiência invisibilizada”. A premiação aconteceu na cerimônia de encerramento do Congresso, no dia 19 de setembro, em Recife.
O trabalho apresentado no evento científico foi o primeiro colocado do eixo 3, sobre Inovação, Tecnologia e empreendedorismo nos processos de trabalho da Enfermagem.
Natural do estado de Sergipe, Alberto Matos, já tem coração Potiguar, além do doutorando no RN, atualmente, é enfermeiro da atenção primária de saúde, na unidade de Felipe Camarão, em Natal, e preceptor-pesquisador do Projeto de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Temático Ensino Aprendizagem nas Práticas Médicas no SUS (EAPMSUS) do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), vinculado à Unidade Curricular Práticas Médicas no Sistema Único de Saúde (PMSUS).
Os algoritmos na saúde são conjuntos de instruções que auxiliam profissionais na tomada de decisões, na melhoria de consultas e na otimização do atendimento ao paciente, sendo essenciais para a otimização da assistência em saúde. De acordo com Alberto, o estudo metodológico faz parte da sua dissertação, intitulada “Construção de um algoritmo para prevenção de prolapso em estomias intestinais”, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe (PPGEN/UFS) e tem como objetivo discutir a importância da implementação de algoritmos na prática clínica, neste caso, voltado à prevenção de prolapso em estomias intestinais.
“Fique inquietado em como esse algoritmo poderia ser significativo na vida das pessoas que convivem com estomias intestinais, podendo auxiliar no dia a dia dessas pessoas desde orientações de como lidar com o pré e pós operatório até dar uma maior visibilidade já que elas não possuem, por exemplo, um sistema que ajude na eliminação dos seus efluentes fecais, como a existência de banheiros adaptados à altura do estoma, conforme preconiza o Programa de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso Público”, explicou.
Sobre a emoção de ter um trabalho científico reconhecido no maior congresso de enfermagem do país, o profissional, que participou pela primeira vez do CBCENF, disse ser uma grande honra, além de ter a certeza de que o fazer ciência na enfermagem está presente em todos os níveis de atenção à saúde do SUS.
“Com certeza essa premiação fomentará o desenvolvimento de novos estudos na área da Estomaterapia, visando responder algumas lacunas do conhecimento. Deixei minha marca nesse grandioso congresso e isso serve de combustível para continuar apresentando um pouco da nossa produção científica para todo o país”, concluiu.